No último dia 30 de abril, aconteceu no Parque Jardim Botânico Chico Mendes, em Santos, o Workshop de Radioescotismo. O evento contou com a participação de aproximadamente 120 pessoas e teve como propósito divulgar, para Jovens e Adultos, o Radioescotismo.
O Workshop de Radioescotismo começou a ser planejado desde o Indaba Distrital do 13° D.E Costa da Mata Atlântica, em Nov/21. É o 1° Workshop de Radioescotismo naquele distrito escoteiro. Foi pensado para jovens, de Lobinho a Pioneiro e Escotistas, com uma equipe de trabalho composta por Beth, Akira, Kiko, Martinez, Amaro, Gustavo, Daniel, Antunes, Léo, Mário, Elaine, Marcela e Marco Antônio.
Durante o evento aconteceram sete bases:
Base 1 (Estação de HF e Faixa do Cidadão – PX) através de um “Jogo Kim” foi explicado o funcionamento de um rádio HF, de um rádio da “Faixa do Cidadão” e as frequências e Bandas que são possíveis de operar, os jovens tiveram a oportunidade de se comunicar fazendo uso de Rádios HF e PX.
Base 2 (Estação de VHF e UHF) foi explicado o funcionamento de rádios VHF e UHF, que podem ser rádios base com antena e ligados na tomada, podem, também, móveis ligados com baterias de carro, com uma antena menor e podem ser HT (rádio de mão) do tipo portátil, e que são muito úteis em desastres e salvamentos, pois não dependem de ter sinal de rede como em celulares. Os jovens puderam se comunicar através de HTs.
Base 3 (ZELLO) consistiu-se na introdução dos jovens ao Radioescotismo, sem indicativo no aplicativo ZELLO, um app de comunicação que simula um rádio. Também foi criada uma sala com nome de “Radioescotismo SP” e nesta sala os jovens conversam com moderadores e outros jovens de todo país, usando a ética exigida pela ANATEL. Ainda, na sala, os jovens tiveram seus primeiros contatos com os códigos “Q” e alfabeto fonético.
Na Base 4 (Echolink) foi planejada para explicar para os jovens que existe um aplicativo, chamado “Echolink”, que possibilita os radioamadores a se comunicarem pela internet, mas o echolink tem restrições, não é qualquer pessoa que pode fazer uso da ferramenta, somente radioamadores licenciados com Certificado de Operador de Estação de Radioamador (COER) que podem utilizar a ferramenta. Foi explicado que é necessário ter internet, que pode ser usado tanto pelo celular como pelo computador. Durante o evento os jovens puderam falar com radioamadores de todo país através do aplicativo Echolink.
Base 5 (DMR) Foram abordados sistemas digitais para uso comercial, segurança pública e radioamadorismo. Falou-se sobre o protocolo digital Digital Radio Mondiale, (DMR) que converte voz para pacote de dados e anexa a esse pacote outras informações como identificação, GPS e outros. Também houve a orientação de como é usada a transmissão de rádio frequência para enviar e receber esses pacotes, seja de rádio para rádio (Simplex) ou de rádio para repetidora; uma vez a voz sendo convertida em pacote de dados, esses “pacotes” podem ser enviados pela internet até um servidor e de lá são redistribuídos para qualquer ponto, rádio ou grupo de conversa (TG) para qualquer lugar do mundo. Fizeram demonstrações de chamada usando HTs para contatos em DMR Simplex (de rádio para rádio). E contatos via Hotspot (denominação de um determinado local onde uma rede sem fio, tecnologia Wi-Fi, está disponível para ser utilizada).e via repetidora, onde os jovens tiveram a oportunidade de falar com rádio amadores de diversas regiões do Brasil através do TG7244.
Base 6 (CW/Morse) um jovem radioamador, não escoteiro, de 14 anos, Léo (PY2POA), a convite da organização do Workshop explicou o código Morse (CW) fez demonstrações com o manipulador pica-pau e deu oportunidade aos jovens de usarem este manipulador e transmitirem mensagens em CW.
Base 7 (Como obter o INDICATIVO) Falamos sobre a importância de possuir o Certificado de Operador de Estação de Rádio, o COER e licença da estação ” indicativo” e o passo a passo para fazer o cadastro nos sites da Anatel. Foi trazida, de alguma forma, valorização e encorajamento para que os jovens se tornem radioamadores e fortaleçam o Radioescotismo.
Colaboração ao texto: Fabiano Souza Palgrossi e Elizabeth Aparecida Muniz Laurindo