Há alguns anos, tem crescido o esforço para que o Escotismo se torne realmente inclusivo no estado de São Paulo – e em todo o Brasil. Como o Movimento Escoteiro acontece, na prática, nas Unidades Escoteiras Locais (UELs), os adultos voluntários também podem ajudar a incluir pessoas com deficiência por meio de ações variadas.
Uma delas, que parece pequena mas gera impactos importantes, é preencher corretamente a ficha médica dos jovens e adultos escoteiros no Paxtu, sistema nacional de dados dos associados escoteiros.
Um levantamento realizado pela Equipe Regional de Inclusão em 2019 mostrou que muitas vezes o campo do Paxtu para assinalar se o associado em questão tem alguma deficiência é, na verdade, usado para sinalizar casos de doenças oculares, como miopia, astigmatismo, etc; ou outras doenças, como tendinite.
Mas, afinal, o que define uma pessoa com deficiência? Veja o que consta na Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), de julho de 2015:
“Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas”.
Portanto, o preenchimento correto da ficha cadastral do jovem ou adulto com deficiência no Paxtu proporciona uma visão mais realista sobre a situação da inclusão no Escotismo, auxiliando em tomadas de decisão e planejamentos de projetos a nível regional. Além disso, essa é uma forma de as UELs entenderem melhor as questões com as quais estão lidando, a fim de encontrar formas de promover efetivamente a inclusão e a acessibilidade.
Se no momento do preenchimento dessas informações surgirem dúvidas, os responsáveis pela UEL podem entrar em contato com Comissário Distrital, que dará o devido encaminhamento à questão.