A União dos Escoteiros do Brasil (UEB) já tem uma posição oficial sobre o tema, ou seja, não há qualquer previsão de outro Ramo além dos quatro já definidos – Ramos Lobinho, Escoteiro, Sênior e Pioneiro, tal como estabelecido na Regra 013 do POR.
A UEB, em seu Projeto Educativo, considera as características gerais do desenvolvimento evolutivo da criança e do jovem e ratifica a divisão das faixas etárias nos Ramos Lobinho, Escoteiro, Sênior e Pioneiro. Estas características são baseadas nas orientações do próprio fundador, Baden-Powell, que inicialmente ocupou-se em oferecer um método de educação especialmente concebido para atender as características de jovens entre 11 e 17 anos. Posteriormente, como forma de “preparação para vida escoteira”, Baden-Powell criou o Ramo Lobinho, que oferece as características do Método Escoteiro numa menor intensidade. No caso do “Castorismo”, a aplicação do Método Escoteiro, conforme concebido pelo próprio fundador, fica seriamente comprometida.
Para crianças com menos de 6,5 anos de idade pode-se oferecer muitas atividades com intenção educativa, mas não há como aplicar o Método Escoteiro. Nessa etapa de desenvolvimento ainda não existe a percepção da norma e prevalece uma posição egocêntrica, sendo impraticável propor a adesão a um código de valores, conforme previsto no primeiro ponto do Método Escoteiro. Também existem limitações no processo de socialização, impossibilitando o trabalho em equipe. O programa de atividade, expressão mais visível e atraente do Método Escoteiro, também fica comprometido, já que este não se integra harmonicamente a todos os seus outros componentes, não havendo progressividade. Esses pontos são essenciais para caracterização e aplicação do Método Escoteiro.
Quando adotamos um ramo “pré-lobinho”, assumimos o risco de aplicar atividades meramente recreativas, desconectadas do Método Escoteiro, essencial para prática do que chamamos de Escotismo. Portanto, é importante alertar os grupos que mantém o “Ramo Castor” ou que tenham esta intenção, que agem de maneira irregular, pois os pais, ao inscreverem seus filhos nesse ramo, acreditam estar inscrevendo seus filhos no escotismo, o que não é verdadeiro.
Por outro lado, vale dizer que a criança inscrita no Grupo Escoteiro como membro do “Ramo Castor” não possui a proteção e o reconhecimento da União dos Escoteiros do Brasil, inclusive no que se refere ao seguro contra acidentes. Circunstância esta que decorre de a criança não estar regularmente integrando seu quadro associativo. Significa dizer que qualquer acidente que venha a ocorrer com estas crianças será de responsabilidade única e exclusiva do Grupo Escoteiro, sua Diretoria e demais adultos envolvidos nesta prática não autorizada e não reconhecida.
Ainda em tempo, tanto no Capítulo 1 do Estatuto Nacional, em seu Artigo 1º, parágrafo 1º, como na Regra 012 do POR, consta claramente que “o Escotismo só pode ser praticado no Brasil por pessoas físicas ou jurídicas autorizadas pela UEB”, ou seja, uma vez que não há autorização para implementação de trabalho em um outro Ramo, este não deve existir.
Sempre Alerta para Servir!
Gerência Nacional de Programa Educativo dos Escoteiros do Brasil
11/08/2017
Posicionamento oficial sobre o “Ramo Castor”
Como fica os grupos que tem o ramo castor.
Desde já agradeço