Missão espacial europeia teve escoteiro paulista envolvido

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Você já deve ter ouvido falar na missão Rosetta, que enviou uma sonda ao espaço, ou no pouso do robô Philae em um cometa, certo? Desde o lançamento da sonda, já são dez anos de pesquisas, estudos e muita gente envolvida para tentar descobrir a origem da vida humana na Terra.

 

Um desses envolvidos é o brasileiro Lucas Fonseca, que acompanhou de perto toda essa história: por três anos, ele foi engenheiro de dinâmica de voo do Philae, o robozinho que está preso ao cometa. Junto a uma equipe, ele fazia simulações de diversas situações que o módulo poderia enfrentar durante o pouso, para que tudo acontecesse da melhor maneira mesmo nos piores cenários possíveis.


Quer saber o que é ainda mais legal do que ter um brasileiro em um projeto que vai ficar para a história? É ter um brasileiro que foi escoteiro em um projeto que vai ficar para a história.

 

Lucas foi escoteiro por 13 anos – entrou ainda Lobinho, no Grupo Escoteiro Morvan Dias Figueiredo (55°/SP), e ficou até pouco depois de sua passagem para o Ramo Pioneiro. Na época, ele se mudou para o interior de São Paulo para cursar engenharia, o que fez com que ele deixasse de frequentar o Movimento Escoteiro.

 

Mesmo assim, Lucas garante que esse tempo foi suficiente para que as influências ficassem em sua vida: “O Escotismo desenvolve diversas virtudes e habilidades, desde conceitos de cidadania até aptidão para lidar com o inesperado. Desde cedo me acostumei com a sensação de aventura proporcionada por diversas atividades dentro do Movimento Escoteiro. Essa vontade de me aventurar, com a disciplina necessária para o êxito, me levou onde cheguei”.

 

“Ainda hoje sou grande entusiasta com aventuras em meio à natureza, principalmente nas montanhas, e que envolvam o mínimo de conforto possível. No fim das contas, acredito que há uma similaridade muito grande com a exploração espacial”.

 

Lucas se formou em engenharia pela USP e, algum tempo depois, foi para a França fazer mestrado em Engenharia Espacial. Para desenvolver o trabalho de conclusão – e pela falta de profissionais com esse tipo de formação -, ele entrou no projeto Rosetta, na Agência Espacial Alemã (DLR).

 

Há algumas semanas, quando o módulo Philae pousou no cometa, o brasileiro já não trabalhava mais na Agência Espacial, e acompanhou tudo como um espectador remoto. Nem todas as experiências e habilidades desenvolvidas ajudaram a acalmar o nervosismo de Lucas, que veria o resultado de um trabalho de três anos em poucas horas. “Foi um bom teste cardíaco. O interessante é consolidar três anos de trabalho num resultado de poucas horas, realmente muito emocionante”.

 

Exemplo de que perseguir os sonhos com determinação, ter coragem e disciplina podem levar os jovens a qualquer lugar, Lucas é motivo de orgulho para os Escoteiros do Brasil, que compartilham o sucesso de um escoteiro mundo afora.

 

“O mesmo orgulho que tenho de ter feito parte de uma missão tão relevante, compartilho com a oportunidade de ter crescido como um escoteiro. Sempre Alerta!”

Missão espacial europeia teve escoteiro paulista envolvido

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