Por Karla Sibro
Matéria Publicada no Jornal O Regional.
O Tiro de Guerra de Catanduva realizou solenidade no Dia Nacional da Bandeira, celebrado dia 19, às 7 horas, na sede da corporação. O ato cívico de queima das bandeiras velhas e rasgadas é promovido todos os anos nesta data. Neste ano, o Grupo de Escoteiros Cidade Feitiço fez parte das comemorações. Tradicionalmente participam autoridades civis e militares e representantes de escolas da região.
“O Escotismo tem uma lei e o jovem faz uma promessa pra cumprir. Essa lei tem 10 artigos e o artigo 3° diz: O escoteiro está sempre alerta e pratica diariamente uma boa ação: ‘sempre alerta’ significa que o escoteiro está sempre pronto para ajudar alguém e atento às coisas que estão acontecendo ao seu redor. Então participar de ações como essa, fazem parte da Promessa Escoteira e é uma honra muito grande quando podemos cumprir nossa promessa” diz o Chefe Gustavo, da Tropa Sênior, que trabalha com jovens entre 15 e 18 anos.
O Subtenente Alexandre Relly explica que a solenidade conta também com o canto ao Hino à Bandeira. “O evento representa o patriotismo e o valor cívico que fazem parte da cultura militar”, ressalta o subtenente.
Ao todo, cinco bandeiras consideradas inservíveis serão substituídas por novas bandeiras.
“As bandeiras são ofertadas pelo Centro de Comunicação Social do Exército Brasileiro, e distribuídas a Escolas e Entidades”, informa.
Segundo Relly, o dia 19 de novembro, Dia da Bandeira é consagrado ao culto à Bandeira Nacional. “Hasteada e homenageada em todos os rincões de nosso País, cantada em verso e prosa, ela é bem mais do que um estandarte, símbolo da Pátria. Ao drapejar, majestosa e altaneira, afirma a independência de um povo, a soberania de uma Nação, ao mesmo tempo em que alimenta sonhos e vivifica esperanças”, constata.
Cores e símbolos também são relembrados aos participantes que passam a conhecer mais sobre a história do país e do Exército. “A história do nosso atual Auriverde Pendão, guarda uma sintonia com a História da Pátria. Cores e símbolos são raízes que remontam às Casas Reais dos Bragança e dos Bourbon, ao antigo Império Lusitano, ao Descobrimento do Brasil e ao despertar da consciência nacional, nascida com o nosso Exército, em 1648, em Guararapes. Redesenhada para o Primeiro e para o Segundo Império, o Pavilhão Nacional recebeu a forma atual somente com a Proclamação da República Federativa do Brasil, em novembro de 1889. O verde retangular representa a natureza nos campos, plena de um ecossistema de fertilidade imensurável; o amarelo retrata a riqueza mineral e enaltece, poeticamente, a representação da presença feminina no seio pátrio, contribuindo, cada vez mais, para o desenvolvimento nacional, com trabalho árduo e serenidade; o azul celeste e o branco da paz, na faixa, invocam ‘Ordem e Progresso’, sobre o céu pontilhado pelas unidades integrantes da República, representadas por estrelas. E o Cruzeiro do Sul, que também a adorna, está presente no distintivo do Exército Brasileiro, iluminando a caminhada de nossa Força para o alto, no qual figuram, como norte, os princípios da legalidade, probidade, transparência e boa fé”, pontua. Por ficarem no pátio o ano todo, a solenidade é um protocolo estabelecido pelas forças armadas para queimar as bandeiras que estão inutilizadas. “Logo depois, coloca-se a nova bandeira e os militares prestam continência ao símbolo hasteado.
Como a bandeira é o símbolo máximo do país o militar tem o dever de cumprir o protocolo, estabelecido por um decreto de 1968. É um crime militar jogar a bandeira fora. É como você rasgar a Constituição. O militar não pode fazer isso de jeito nenhum por isso tem toda a solenidade”, finaliza o militar.