No último dia 20 de setembro, a diretora de Programa Educativo, Bia Reali, se reuniu com a recém-formada equipe regional de Sustentabilidade para a formalização da nova coordenação que é composta por Renato Camargo Valezin, coordenador, e seus adjuntos: Paul François Colas Rosas e Natale Cavaçana.
A ideia para a criação da nova coordenação partiu da percepção que a equipe teve de que o Movimento Escoteiro era visto não como uma organização preocupada com o meio ambiente, mas sim como predadores de áreas naturais.
“Fomos então nos aprofundar no programa e entender o que estava ocorrendo, e encontramos um programa muito preocupado com o tema, mas identificamos uma divergência entre algumas atividades previstas, e as
praticadas tanto pelos escotistas quanto pelos membros juvenis”, explicou o coordenador.
“A sociedade mudou, a ciência evoluiu e a consciência ambiental também amadureceu. Por exemplo, achamos um absurdo usar as mesmas técnicas de primeiros socorros de 100 anos atrás. Não que essas técnicas centenárias fossem ruins, elas eram o melhor que tínhamos naquela época, mas hoje algumas coisas se mantiveram e outras mudaram radicalmente, e não faz mais sentido usar as antigas,” complementou Renato.
O mesmo acontece com a nossa relação com a natureza. Pensando assim, talvez não seja difícil de imaginar que as técnicas de acampamento e trilhas tenham evoluído também. Essas atualizações são mantidas por ONGs, profissionais ligados a atividades ao ar-livre, o poder público, praticantes de esportes ou apenas por aqueles que querem passar um tempo de qualidade na natureza.
As atualizações e recomendações foram compiladas e são conhecidas como princípios ou práticas de mínimo impacto. Algumas bem conhecidas são o Leave No Trace (Não Deixe Rastros), que tem um apelo internacional, e é conhecimento obrigatório para os escoteiros nos Estados Unidos desde 2004, e o Pega Leve!, uma adaptação e compilado de diversos materiais para uso no Brasil.
Tendo estas informações em vista, a coordenação tem o objetivo de promover a educação de práticas de sustentabilidade e mínimo impacto no escotismo, previstas no programa, auxiliando os escotistas a lidarem adequadamente com as propostas para sustentabilidade. Afinal, o escotismo tem como um dos seus pilares a vida ao livre.
Natale, coordenadora adjunta, pontua: “Acreditamos em fazer um mundo melhor. A questão é melhorar e atualizar a teoria e as práticas das atividades ao ar livre, seja de eventos menores, como uma atividade com os jovens, ou um grande evento como o Jamboree, que merece atenção especial.”
O canal de contato com a nova coordenação é o e-mail sustentabilidade@escoteirossp.org.br.