Com dinâmicas, debates e palestras, pioneiros, escotistas e dirigentes de 38 grupos escoteiros discutiram questões importantes da atualidade e aprenderam que não é tão difícil solucionar problemas ou tirar projetos do papel e colocá-los em prática.
A conexão de talentos, de experiências e de pessoas em prol de um Escotismo melhor, mais democrático e igualitário marcaram o III Encontro Regional de Jovens Líderes: Eu + Nós S2 Rede e o fim de semana de 20 e 21 de agosto acabou ficando curto para que os 58 participantes vivenciassem todas as atividades promovidas. De acordo com os organizadores, esse modelo foi estipulado para contemplar todos os gostos e experiências, além de deixar um gostinho de “Quero mais”.
Atividades como o do Coletivo Feminista Escoteiro, Inclusão Social, Gênero e Sexualidade e Formando Multiplicadores Posithivos trataram de temas como a inclusão de pessoas com necessidades especiais, a realidade das minorias no Brasil, identidade de gênero e feminismo. “O movimento feminista e as pautas a ele relacionadas estão cada vez mais em destaque. Não falar de equidade e identidade de gênero hoje é estar alheio a uma grande parte do mundo. Frente aos problemas que o ME ainda apresenta sobre o assunto, é ótimo saber que a Rede se prontifica para dar espaço ao debate e desconstrução dos preconceitos naturalizados na sociedade por tanto tempo, permitindo e incentivando o protagonismo e empoderamento da mulher.”, conta Julia Falcone. Já a dinâmica dos Mensageiros da Paz visou fomentar ideias voltadas à comunidade soropositiva: “Mostramos aos jovens líderes o quão simples é passar uma ideia para o papel e, que mesmo com poucos recursos, pode-se criar um projeto social”, conta a equipe dos Mensageiros.
Questões importantes para o Movimento Escoteiro e a participação do jovens nos processos decisórios foram expostas nas bases Façamos um Fórum, Empoderamento Juvenil, Gestão de Adultos e da Visão da WOSM (World Organization of the Scout Movement) para 2023. “As equipes discutiram a realidade atual das Unidades Escoteiras Locais e como podem contribuir, enquanto buscavam soluções para os problemas encontrados. Foi bastante apontada a necessidade de atenção aos métodos educacionais que utilizamos”, conta Harelline Belloti. “Tenho um problema sério em meu distrito, pois há muito preconceito com a Rede e uma visão de que é um grupo de jovens que só pensa em festa e bagunça” – desabafa Raphaela Tonon. “Ela não é nada disso! E com a base de Gestão de Adultos, eu tive uma luz de como mostrar a eles como o jovem pode crescer e desenvolver suas ideias e projetos através da Rede”.
Na base do Play The Call, com os inspiradores Edgard Gouveia Júnior e Rui Lira, os participantes conheceram o projeto Oásis – Santa Catarina, e isso os fez questionar a sua atuação como habitantes do planeta Terra: “Somos a última geração que pode mudar o mundo e, como escoteiros, será que estamos fazendo isso direito? Será que realmente fazemos tudo o que está ao nosso alcance? Será que não podemos cada vez mais?”, conta Pietá Rivas.
Já a base Será que o Movimento Escoteiro Falhou? instigou os participantes a olhar para o lado negativo do escotismo, colocando no papel tudo o que viam de errado no ME, inclusive nos grupos, e, depois, solucioná-los. Para Midian Cristina, a atividade foi incrível: “Percebemos que realmente a união faz a força e que temos capacidade de fazer a diferença dentro de nosso grupo escoteiro, mas precisamos nos empoderar para isso, temos de estudar e nos preparar. Não precisamos escolher o melhor membro para ter distintivo máximo em tudo. Unidos somos melhores. Com conhecimento e estudo, vencemos as dificuldades e aprendemos com nossos erros. Desistir jamais, pois nosso trabalho é de formiguinha: de grão em grão”.
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