Atividades de patrulha em tempos de distanciamento social
O escoteiro é alegre e sorri nas dificuldades. Poucas coisas trouxeram uma dificuldade maior ao escotismo, do que a pandemia. Nosso Método Escoteiro diz que nossa vida é em patrulha e o nosso Programa Educativo afirma que ela também acontece ao ar livre. Mas no cenário em que estamos vivendo, precisamos abrir mão da vida ao ar livre por algum tempo para preservar a nossa saúde e a de quem amamos. Os adultos voluntários responderam com uma criatividade fora do comum e aprenderam a usar ferramentas nem sempre tão fáceis e comuns em suas vidas pessoais. Mantivemos as atividades à distância para um bem coletivo.
A pandemia causada pelo covid-19 já dura 9 meses. Os casos foram diminuindo em algumas regiões, então a Diretoria Executiva Nacional (DEN) publicou o ofício 394/2020, que permite o retorno às atividades presenciais, com restrições. A Região de São Paulo seguiu com a nota oficial que operacionaliza o retorno.
Ele pode acontecer obedecendo às regras impostas. Viemos então, reforçar uma particularidade do Programa Educativo que pode auxiliar no retorno seguro de nossos jovens e adultos. Ainda vivemos uma situação delicada e todo cuidado com a saúde de nossos associados conta para que a sociedade retorne ao seu cotidiano o mais rápido possível com o mínimo de danos.
Se o ideal é restringir o número de pessoas com que temos contato e não aglomerar, nós possuímos uma ferramenta à disposição: a Atividade de Patrulha.
A Atividade de Patrulha
As atividades de patrulha sempre foram importantes para o Movimento Escoteiro. O Marco Simbólico do Ramo Escoteiro, expresso na regra 66 do P.O.R. fala por si só: “Descobrir o mundo com um grupo de amigos” se torna natural nesse tipo de atividade. Os adultos voluntários devem se organizar e incentivar os jovens com apoio dos monitores, avisando aos responsáveis e deixando claro que as regras determinadas pela DEN e pela Diretoria Regional para o retorno das atividades presenciais devem ser seguidas.
Para que uma atividade de patrulha seja boa e proveitosa para os jovens, é necessário planejamento e quem deve ficar responsável por isso é o monitor, com ajuda de todos os integrantes, levando em consideração as decisões tomadas no Conselho de Patrulha. Se a sede do seu Grupo Escoteiro for em um local fechado é possível mudar para um espaço aberto, como praças, parques e até mesmo a casa de um jovem que tenha um grande quintal, por exemplo.
O Guia Prático para Monitores, disponível no Meu Paxtu, traz informações mais detalhadas sobre como o monitor pode programar essas atividades.
Ao se propor as atividades dentro dos Ramo Escoteiro e Sênior, pode-se ter a certeza de que o número de pessoas ocupando o mesmo espaço é pequeno (no máximo 8 pessoas no Ramo Escoteiro e 6 no Ramo Sênior). Ainda é necessário que os escotistas da Unidade Escoteira Local estejam cientes de toda a organização e que a segurança de todos seja o foco, afinal, uma pessoa infectada pode significar a propagação do vírus.
Recursos para as atividades
Patrulhas com membros com menos experiência escoteira podem encontrar fichas de atividade na plataforma Escoteiros Online, no PAXTU e no site regional;
Para as patrulhas com membros mais velhos é importante que a autonomia seja incentivada, começando pelo processo de decisão da atividade, elas podem ser feitas de maneira online, sempre que possível, já que neste momento é o método mais seguro.
A lição final aqui é que atividades de patrulha são essenciais, presenciais ou não, e devem ser incentivadas pelos adultos voluntários sempre, possibilitando o desenvolvimento dos jovens da sua seção.