A Revolução Constitucionalista de 1932 é um grande marco na história do estado de São Paulo, pelo contexto histórico e pela quantidade de pessoas que se envolveram no embate. A data 9 de julho se destaca por ser considerada a deflagração da Revolução. Os escoteiros paulistas se uniram e formaram o contingente chamado de “Cruzada”. Assim se fizeram presentes ajudando em todas as cidades paulistas em que houvesse uma unidade escoteira. Exerciam os serviços de mensageiros entre os postos de correios e telégrafos, auxílio ao correio militar, plantão nas estações e emissoras de rádios, hospitais, aeroportos, estações ferroviárias, transporte de refeições, além do encaminhamento de medicamentos e aviamentos. Também era serviço dos escoteiros a arrecadação de jornais que eram enviados para os soldados no front.
As fanfarras de escoteiros eram requisitadas por comandantes militares para acompanhar a marcha dos combatentes para o embarque das tropas revolucionárias para o front, e muitos grupos atuaram no serviço de guarda na capital paulista.
Um dos compromissos da Cruzada foi a realização de um desfile cívico para saudar os combatentes e homenagear os escoteiros que iriam para o front norte com a Cruz Vermelha nas ruas centrais da capital no dia 20 de julho, além de realizar visitas às redações dos jornais paulistanos.
Foi assim que tiveram início os Desfiles Cívicos de 9 julho. Anualmente, escoteiros desfilam nos arredores do Parque do Ibirapuera em São Paulo/SP, porém em 2020 o evento não poderá ser realizado devido a pandemia mundial da COVID-19. O evento ocorre próximo ao monumento do Obelisco Mausoléu aos Heróis de 32, onde há um escoteiro sepultado junto com outros combatentes, e pode ser visitado quando o espaço está aberto.